





O Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky reúne jovens realizadores dos povos indígenas Manoki e Myky, do Mato Grosso. Ijã em nossa língua significa tanto história como caminho. Toda história atravessa um caminho, que deve ser percorrido com cuidado e atenção para que ninguém se perca, e todo caminho conta uma história, que deve ser narrada de forma bela e escutada com respeito. Mytyli ou Myty’i em nossa língua significa novo ou jovem: uma outra forma de se contar histórias e se traçar caminhos feita em sua maioria por jovens, através de uma ferramenta de comunicação que é o cinema guiado pela trajetória de nossos ancestrais.
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Notícias:
Novo filme do Coletivo, “Anfitriões há meio século”, tem duas pré-estreias em Nova York
Dirigido por Typju Mỹky e André Tupxi Lopes, o novo filme do Coletivo Ijã Mytyli teve sua primeira pré-estreia realizada no mês de abril, na 5ª Mostra de Cinema Indígena da CLACPI. A mostra ocorreu na Universidade de Nova York, no Centro King Juan Carlos, com debate realizado por Faye Ginsburg, Professora de Antropologia e Diretora do Center for Media, Culture and History da NYU, e Amalia Córdova do Smithsonian Center for Folklife and Cultural Heritage. Os diretores também estiveram presentes no debate, que contou com a participação de realizadores audiovisuais e alguns cineastas indígenas de Abya Yala. A mostra que ocorre anualmente em Nova York é um evento paralelo do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas, no qual Typju Mỹky fez uma importante participação, sendo o primeiro representante do povo Mỹky a estar presente na ONU e levar as demandas de seu povo àquela instituição.
Em seguida, no dia quatro de maio, o filme foi exibido novamente no Museu Americano de História Natural, na mostra “Emerging Visual Anthropologist Showcase”, sessão especial do Festival de Cinema Margareth Mead. A exibição também foi comentada pela professora Faye Ginsburg e sua colega de departamento, a professora Pegi Vail. Baseado na pesquisa e nas coleções do Museu Norte Americano de História Natural, uma das instituições mais visitadas do mundo, o Festival de Cinema Margareth Mead apresenta obras que contribuem para a nossa compreensão da complexidade e diversidade das culturas humanas, desde 1977.



Os espíritos só entendem o nosso idioma” presente em evento do Museu da Língua Portuguesa
Para comemoração do dia Mundial da Língua Portuguesa, um evento no Parque da Luz e no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo tratou da diversidade de manifestações culturais dos falantes do português. Com apresentações artísticas, shows e uma mostra de cinema com curadoria da Cinemateca Brasileira, o curta “Os espíritos só entendem o nosso idioma” (2019, 5 min) abordou a relação que os povos indígenas têm com a sua língua materna e a importância da preservação da diversidade linguística. Ficamos felizes em poder compartilhar nossa história e contar um pouco sobre nossa língua.
Filme “Pinjawuli: o veneno me alcançou” participa de Mostra na Cinemateca Brasileira em São Paulo
O curta-metragem dirigido por Bih Kezo foi convidado a fazer parte da Mostra “Perspectivas Indígenas sobre o fim do mundo”. A mostra, organizada pela Cinemateca Brasileira de São Paulo, ocorreu entre 28 de novembro e primeiro de dezembro de 2024. Entre os filmes que fizeram parte da Mostra estão o longa-metragem “A Queda do Céu” dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, “Equilíbrio” de Olinda Tupinambá, “Floresta-Casa Derrubada” e “A Febre da Mata” de Takumã Kuikuro.
A seleção de filmes da mostra priorizou obras de diretores indígenas que falam sobre as resistências dos povos originários frente à destruição ambiental. As ideias de Ailton Krenak e Davi Kopenawa guiaram a curadoria da mostra e foram apresentadas nos filmes. Viva a força do cinema indígena no fortalecimento das causas ambientais!
Filme “Pinjawuli: o veneno me alcançou” é eleito melhor videoarte de Mato Grosso
O 26o Salão Jovem Arte de Mato Grosso premiou trabalhos de três artistas indígenas em sua última edição, incluido o curta-metragem de 2 minutos do diretor Bih Kezo, produzido pelo Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky. Dentre dezenas de obras de todo o estado, o filme, que está nos limites entre documentário e ficção, foi considerado o melhor videoarte de Mato Grosso em outubro de 2021. Domingas Apatso e Liberio Boe também foram premiados no mesmo festival nas categorias aquisição e instalação. Viva as artes indígenas, malentjakalo!
Documentário “Ãjãí” ganha Prêmio Especial do Júri Oficial no X FIFER
O júri oficial do X Festival Internacional de Filme Etnográfico do Recife concedeu em abril de 2021 seu prêmio especial ao documentário “Ãjãí: o jogo de cabeça dos Myky e Manoki”, produzido pelo Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky e dirigido por Typju Myky e André Tupxi Lopes. Em sua décima edição, o festival, que tem como objetivo exibir e premiar obras que apresentem qualidade técnica reconhecida na área da Antropologia Visual, contou com os seguintes membros em seu júri oficial: Amalia Córdova, Frances Paola Garnica, Margarita Dalton, Mariano Baez Landa e Paride Bollettin. O mesmo filme já obteve algumas premiações em festivais como Cine Kurumin e Prêmio Pierre Verger. Mekalori!!!
8a edição de Cine Kurumin premia “Ãjãí” como melhor documentário longa-metragem
Longa-metragem “Ãjãlí Numã: o jogo de cabeça dos Manoki e Mỹky” recebe premiações em 2024
O filme dirigido por Tipuici Manoki e André Tupxi Lopes recebeu duas premiações em 2024: o Prêmio Muiraquitã de Melhor Longa-Metragem, no Festival de Cinema Latino Americano de Alter do Chão, e Melhor Longa-Metragem pelo Júri Oficial, no 2º Festival Amazonas do Cinema. Além do reconhecimento no ano de 2024, o filme também participou de importantes festivais em 2023, como o Forumdoc, e recebeu o prêmio de Melhor longa-metragem indígena, no V Festival Internacional de Cinema Etnográfico do Pará.

O documentário “Ãjãí: o jogo de cabeça dos Myky e Manoki”, produzido pelo Coletivo Ijã Mytyli, ganhou o prêmio de melhor documentário longa-metragem no Cine Kurumin. Em cerimônia virtual no dia 30 de março de 2021, os vencedores da oitava edição do festival de cinema falaram um pouco de suas trajetórias no cinema. Dedicado a produções audiovisuais com temática indígena de todo o mundo, o Festival Internacional de Cinema Indígena Cine Kurumin acontece em aldeias indígenas rurais e nas metrópoles brasileiras, atraindo todos os tipos de público. O evento apoia há oito anos a produção artística e cinematográfica indígena numa ação de descolonização do imaginário e retomada das imagens, criando espaços interculturais e convivências entre os olhares indígenas e outros olhares.

A I Mostra Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky: Tempos de Cura está exibindo quatorze produções dos realizadores Manoki e e Myky, dentre elas sete filmes inéditos.
Esse ano a mostra vem no formato online e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Brasnorte (MT).
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